Os autores estão certos de uma coisa: uma psicoterapia nunca é uma psicanálise. No entanto, eles constatam que por vezes os clínicos se encontram obrigados a ter que empregar modalidades psicoterapêuticas, para chegar a conduzir tratamentos, entretanto, analíticos com algumas crianças. Eles se perguntam por que e buscam destacar com precisão: o que caracteriza e distingue as psicoterapias de criança da psicanálise da criança; quais são suas especificidades; o que impede de confundi-las; o que as aproxima ou nem sempre as torna antinômicas. Remetendo ao ofício princípios, conceitos e condições práticas, eles depreendem úteis conclusões liberadas de qualquer oposição, de qualquer clivagem sumária. Os autores, desta forma, colocam o fruto de sua pesquisa à disposição dos pais que almejam engajar seu filho em uma psicoterapia ou em uma psicanálise: eles estarão mais bem situados para avaliar sua parte nisso e a da criança, na escolha do tratamento. Eles saberão quais serão seus gozos, suas perdas, suas esperanças e suas ilusões no a posteriori.