O corpo reflete sempre o seu drama, ele pode ao mesmo tempo, olhar o mundo e todas as coisas e, também, olhar-se reconhecendo o que vê. Ele pode ver-se-vendo, tocar-se-tocando, sentir-se-sentindo. Do prefácio de Wilson Tamborini "Reconheço que Christina, com sua criação literária nos propõe a descoberta do ser que está oculto, mas vivo, em cada um de nós. Alerta-nos, que não basta olhar para o próprio reflexo no espelho. É necessário coragem e sensibilidade para que se possa acolher esse estranho que nos habita e, não apenas revelá-lo, mas sobretudo despertá-lo. Ensina-nos que vivenciar e tornar presente a sensação; reconhecê-la e ir além do momento presente; é construir uma ponte que possa ultrapassar o tempo e integrá-lo a um movimento da história pessoal. Ir além é ainda surpreender-se com a descoberta de si mesmo, fruto de uma articulação entre corpo, mente e espírito, que processa a cada instante um continuo infinito de sentimentos. Emoções que vão e que vêm na direção de um outro, refletido no espelho da própria existência." A idéia do Prisma - sólido de substância transparente, utilizado para refletir a luz - foi a forma que eu encontrei para compartilhar com aqueles que amo o meu momento d'alma. E assim, o corpo, enigma em que o imaginário revela muito mais do que é visto, torna visível o invisível.