«Poucos conseguem um lugar para sentar no Marmaray: cada vagão comporta cinco passageiros sentados e cinco em pé. Fiquei em pé, e em pé cruzei o Bósforo, como um homem do neolítico. Fui à Ásia e voltei. Desci na primeira parada europeia: a estação Sirkeci, o antigo terminal do Expresso do Oriente, onde a plataforma do Marmaray se conecta à superfície por uma escada rolante de vinte andares – a mais longa da Turquia. Perguntas estranhas podem passar pela sua cabeça enquanto você sobe essa escada. Se quinze casas forem construídas umas sobre as outras, qual delas seria a mais importante? Que vozes devem ser ouvidas, as dos mortos ou as dos vivos? Como podemos todos conviver neste mundo, e como chegaremos até onde estamos indo?»