A dobradinha dos termos Verde-dentro (significando os espaços abertos privados), e Verde-fora (significando os espaços abertos públicos) sugere uma reflexão sobre os verdadeiros limites do público e do privado nos espaços abertos, quando o próprio ar que os permeia é o mesmo, e quando, juntos, compõem uma mesma paisagem. O autor amplia essa discussão defendendo a presença da vegetação, agregada a todos os espaços abertos urbanos, como uma forma de tornar mais bela e saudável a paisagem da cidade. O interesse deste livro recai, portanto, sobre a exiguidade da vegetação nos bairros autoconstruídos em que a presença do verde é irregular, esporádica, ou rara, fazendo deles espaços carentes de qualidade ambiental e paisagística. A pergunta que percorre este estudo, convidando o leitor a respondê-la, é: a autoconstrução de moradias pode ser ampliada para uma "autoconstrução do verde"?