A Amazonia é uma região que nos oferece a possibilidade de uma análise crítica, de caminhos que superem a encruzilhada que o padrão de poder e de saber fundado na ideia de “dominação da natureza†(Francis Bacon) que nos conduziu ao colapso ambiental que hoje vivemos. E não só pelas funções que o metabolismo específico da região cumpre no metabolismo do planeta como um todo, mas também pelas múltiplas matrizes de conhecimento que seus povos/etnias/nacionalidades comportam e ativam e que nos oferecem referências para uma relação de convivência, e não de dominação, com as condições materiais da vida (terra-água-sol-vida)(...) E não se trata de retórica apocalítica, comum ao mundo das ONGs que vive das ameaças que propaga, mas de uma análise que se funda não só em rigorosa análise científica, mas também no diálogo de saberes com outras matrizes de racionalidade que nos oferecem outras perspectivas de conhecimento que informa esse ensaio. Eis a aposta e o convite que fazemos ao leitor para que nos acompanhe.