A crise do Oriente Médio tem, sem dúvida, no conflito israelense-palestino, um de seus pontos mais delicados. E os judeus, como um todo, querendo ou não, vêem-se nele envolvidos em escala internacional. Independentemente de suas matizadas posições a respeito do problema e do que pensem quanto ao modo de resolvê-lo, são tidos como parte do contencioso em curso. Ora, se é evidente, por um lado, que na sua esmagadora maioria político-ideológicas que se processam no seio de sua vida coletiva e que determinam uma larga gama de posições, têm sido muitas vezes inteiramente desconsideradas, sendo sua relação com a nação israelense vista sob um único prisma: os judeus, ou melhor, o judeu. Qual a razão disto? É aí que a análise de Léon Poliakov, em Do Anti-Sionismo ao Anti-Semitismo, que a Editora Perspectiva publica na coleção Debates, apresenta a atualidade de um tema candente.