Mesmo sem familiaridade, sem ter me dedicado ao estudo extenso e profundo do Estado, quero dizer, ainda intuitivamente, que é possível chegar à figuração que predominou no período pós-iluminista: a do Estado-Nação, a autoridade política cujas funções são a proteção e a preservação da body politic. Funções exercidas por causa do, porque legitimadas pelo, voto. Contudo o coletivo sobre a proteção da autoridade política não resulta de uma decisão, mas de uma condição, a nacionalidade e tudo o que se relaciona com essa figuração do cultural. Esse tipo de pertencimento, que combina o territorial e o temporal, resulta de processos, eventos e outros determinantes que tratam de manifestações de uma força transcendente — uma razão final — a qual as ações individuais contribuem, mas as pessoas não decidem.