A partir das imagens das mulheres de branco em O Grande Gatsby, Luiza Franco Moreira desvenda a importância até então despercebida deste detalhe na construção do romance e recompõe, desse modo, a verdadeira dinâmica dessa obra-prima de Scott Fitzgerald. Em sua análise, mostra a evolução da imagem ao longo do romance: inicialmente, o fascínio das mulheres de branco, brancas como noivas, em seguida as imagens de sonho e beleza que trazem, no entanto, as marcas de idílios impossíveis, convertendo-se em indícios de morte trágica, até assumirem forma grotesca. No prefácio do livro, Davi Arrigucci observa que a autora não só se revela como uma leitora crítica com originalidade própria, mas nos surpreende também com o talento de uma intérprete com capacidade de expressão, dotada de uma escrita fina e sensível.