O que em geral mais se elogia em 'Tristão e Isolda' é o fato de terem sido exemplos do amor cortês, cheios de virtude, guardando-se contra os apelos do amor carnal, por mais perdidamente que se amassem, a ponto de estenderem entre os dois, ao se deitarem para dormir na floresta, o gume duplo de uma espada nua, pronta a esfriar neles qualquer assomo de calor apaixonado. O que se lê neste livro, no entanto, é uma história diferente. Tristão e Isolda amavam-se perdidamente, mas não perdiam ocasiões de se acharem como manda o figurino dos amantes, atendendo com prazer aos sempre renovados reclamos de seus corpos jovens e saudáveis.