Crimes chocantes e bárbaros, sexo exacerbado, drogas, chacinas. Hosmany Ramos, o escritor e cirurgião plástico preso há mais de 20 anos, volta à cena literária com um livro policial chocante e aterrador, ao mesmo tempo em que sai na França, pela editora Gallimard, a tradução de PAVILHÃO 9, seu livro de contos e reportagens com o inédito depoimento sobre o apavorante massacre de 111 presos na penitenciária do Carandiru, em São Paulo. Neste novo livro, Hosmany Ramos – na prisão desde 1981 – deixa de relatar apenas histórias do cárcere para levar sua poderosa imaginação para o mundo lá fora, onde escancara a moral vigente e ingressa num mundo secreto que a sociedade burguesa esconde. Um mundo corrompido, brutal, cruel, cheio de conflitos e tensão. Nessas novas histórias, Hosmany abre espaço principalmente para devastadoras anti-heroínas: mulheres para as quais o sexo não tem limites, o crime não tem barreiras, a culpa não existe e a vida parece um vazio sem fim. Para elas, o crime compensa – mesmo com a morte sangrenta ao final, depois de assassinarem maridos, amantes e até pais. Algo a ver com crimes recentes na alta sociedade brasileira? O autor diz que seus personagens são fictícios e se alguma história tiver algo a ver com fatos reais "terá sido mera coincidência".