O que o leitor tem em mãos é um livro com poemas de amor e tesão. Um livro romântico e sexy. Um livro que me lembrou uma história que a Deise, minha esposa, me contou: antes dela me encontrar, quando estava solteira à procura de alguém, ela se maquiava com sombra azul até quando ia à farmácia, arrumava o cabelo e punha roupa bonita como quem vai a uma festa, porque podia ser que de repente encontrasse aquela que seria seu amor. O amor é um ato de fé. Tem a força de uma tempestade e move montanhas. É lindo, brega e libertador. Ele motivou a escrita da maior parte dos livros e das canções que existem. Desconfio que todos sejam no fundo um pouco cafonas, diz um dos poemas de João Pedro Cerdeira somos, e amamos o amor e a pessoa amada, a coisa em si, o ato e o objeto, que se fundem em nós e nos lançam para experiências fundadoras de novos mundos: costuro um novo verso/aguardando teu regresso. Forjador de vozes, o amor se multiplica em desejos nos poemas de João Pedro Cerdeira: um eu (...)