Neste poema em série, Prisca Agustoni dialoga com pinturas rupestres da Caverna das mãos (c. 7000-1300 a.C.), situadas num sítio arqueológico na Patagônia, Argentina. Trata-se de 829 silhuetas de mãos registradas na parede em diferentes épocas. Os versos de Rastros sugerem um retorno ao período neolítico em busca das anônimas vozes gravadas nas pedras, em busca do mundo visto por aquelas mãos, em busca da língua originária, atemporal, que nomeia as coisas pela primeira vez.