Este livro é um daqueles textos em que o leitor não passa incólume à sua leitura , dada a clareza com que são tratadas as armadilhas e os desafios ideopolíticos da sociedade no tocante à questão ambiental. Inaugurando uma profícua tese, a de que “asiniciativas de desenvolvimento sustentável podem determinar práticas de insustentabilidade social”, a Autora dedilha com competência o manuseio de categorias ontológicas e reflexivas para expor um conjunto de supostos que põe em relação a “questão ambiental” e a “questão social”, dentre eles, o de emergirem na sociedade do capital. Ao protagonizar um tratamento teórico-crítico de inspiração marxiana sobre o tema ambiental na área do Serviço Social, Maria das Graças contribuiu para a afirmação do projeto ético-político defendido pelo Serviço Social brasileiro, apontando mediações entre a realidade ambiental e as possibilidades e limites da prática profissional. (Ana Elizabete Mota)