"Eu sempre quis escrever esta história. Sou natural do Vale do Paraíba (do Sul) e, durante as minhas andanças juvenis pela Mantiqueira, descobri a Fazenda do Quilombo. Encarapitada nas suas cumeadas, uma antiga sede malconservada estava entregue ao abandono, enquanto sua população, que não era pequena, vivia em casebres cobertos de folhas. O aspecto mais interessante: toda a população era negra e cultuava o seu passado, resumido na expressão "Mãe África". Pensaram num quilombo, mas não. Primeiro, uma família abastada e sem herdeiros entregara a propriedade aos negros. E quando brancos tentaram retomar a posse, tiveram de enfrentar todo tipo de malefício, produzido no interior dos seus congás, entre seus santos de nomes yorubas e cristãos. O relato deste livro constitui a origem real da história, que somente seria contada mais tarde." (Luiz Galdino)