O ano é 1989. Três décadas após a morte da cantora Billie Holiday (1915-1959), um jornalista é contratado para escrever sobre a vida daquela que é considerada um dos maiores nomes de todos os tempos do Jazz. Sem qualquer referência sobre seu objeto de pesquisa, o repórter desvenda uma vida marcada por vários abusos e por vícios que culminaram em uma morte precoce, aos 44 anos. Os quadrinistas argentinos José Muñoz e Carlos Sampayo apresentam nas 49 páginas em preto e branco de Billie Holiday um recorte de umas das mais aclamadas e trágicas artistas de todos os tempos. Nossos principais objetivos e desafios eram não desrespeitar a personagem e compor uma boa narrativa gráfica, explicou o desenhista José Muñoz em entrevista publicada no jornal espanhol El País em 2015, no aniversário de 100 anos de nascimento de Holiday. Hoje aos 70 anos, o autor tinha 60 em 2007 quando recebeu o Grand Prix do tradicional Festival de Angoulême pelo conjunto de sua obra. [...]