Roy Wagner, um divisor de águas, radicaliza uma reflexão sobre o conceito de cultura em antropologia - a partir da consideração dos modos de conceitualização nativos, ela reformula a própria disciplina antropológica, fazendo-a pensar sobre si mesma. Para Wagner, não se trata de entender o que outros povos produzem como 'cultura' a partir de um dado universal (a 'natureza'), mas antes, o que é concebido como dado, e portanto como cultura, por outras populações. Após um trabalho de tradução, a publicação é lançada, incluindo um post scriptum do autor escrito em 2010 para a edição brasileira, que contém ainda bibliografia completa e um índice remissivo de nomes e ideias.