O termo "Bioética" surgiu na década de 1970 e tinha por objetivo deslocar a discussão acerca dos novos problemas impostos pelo desenvolvimento tecnológico, de um viés mais tecnicista para um caminho mais pautado pelo humanismo, superando a dicotomia entre os fatos explicáveis pela ciência e os valores estudáveis pela ética. A biossegurança, a biotecnologia e a intervenção genética em seres humanos, além das velhas controvérsias morais como aborto e eutanásia, requisitavam novas abordagens e respostas ousadas da parte de uma ciência transdisciplinar e dinâmica por definição. Quais são as fundamentações filosóficas utilizadas para esclarecer e discernir entre esses impasses, geradores de muito mal-estar, da modernidade? Que critérios tem sido aplicados para elaborar uma ética de uso e do destino reservado ao corpo humano? Essas são algumas das questões resolvidas aqui. Assim, este livro vem em resposta às necessidades de iluminar ao grande público esses temas os parâmetros por meio dos quais a ciência, a medicina, o direito têm se guiado para regulamentar esses dilemas diretamente influentes em todos os campos de nossas vidas.