Neste livro, Antonio Fausto Neto apresenta um valioso exemplo de análise de discurso dirigida para a construção do sentido da Aids nos principais jornais do país. O autor, professor de pós-graduação de Ciências da Comunicação da Universidade do Rio dos Sinos, mostra como, desde o surgimento da doença, os jornais trataram de anunciá-la, gerando estratégias de produção e de efeito de sentidos a partir das falas de médicos, religiosos e leitores comuns. O livro faz um levantamento detalhado de tudo que se falou da doença nos grandes jornais do país, expondo um modelo de pesquisa rigoroso em que a linguagem não se constitui exclusivamente em instância de inteligibilidade social, mas em dispositivo de atualização das relações de força na sociedade.