Paixão distópica. Projeto quase secreto, inacessível e inexistente, cuja pressão se exerce sob forma de resquício daquilo que no homem e na mulher que somos resiste à guisa de um engodo. A hora do pesadelo, momento oportuno em que sentimos o frio na espinha, as falésias e falências do tempo presente, toda a cooperativa de desatinos, contradições, despropósitos, tolices e violências a que somos cotidianamente submetidos e com a qual ajudamos a cooperar. Na taciturna maquinaria que move o esquelético ponteiro dos segundos, forja-se o uivo que é também o engasgo, interrupção incapaz de parar o obsessivo tamborilar do relógio, mas que lhe impõe certas dificuldades. A hora do pesadelo: paixões distópicas em educação, pseudocompêndio de paixões distópicas (d)escritas em textos pouco convencionais, em ensaios, manifestos, poesias, artigos e contos produzidos com o mais suspeito dos quilates. Blasfêmia dos sacrossantos educacionais que atendem pelo nome de pedagogia, aula, currículo, professor, aluno, direitos humanos, aprendizagem, etc. Pequena comunidade livresca composta por dezoito autores e autoras dispostos a investir na curva onde principiam incômodos.