A libertação e a paz interior alcançadas pelo caminho da fé. Vítima de profundas cicatrizes que os golpes do pai lhe imprimiram no corpo e na alma, durante a infância, a nepalesa Ani Chöying Drolma relata, na comovente autobiografia Minha voz pela liberdade, a trajetória de vida que forjou para si ao seguir o caminho do budismo. Ser monja, para Drolma, foi, inicialmente, a única saída que viu para escapar dos maltratos físicos e morais aos quais era submetida. Para tanto, adotou um espírito de doação e altruísmo, lançando mão de sua experiência traumática para salvar tantas outras meninas do destino de violência que lhes era reservado. Como se já não bastasse substituir ódio e revolta por compaixão e bondade - sublimando, portanto, a raiva em seu estado mais puro -, ela é presenteada com o dom de cantar. Assim, com sua voz, entoando mensagens de paz, Ani Chöying Drolma atravessa fronteiras, tornando-se uma estrela na Europa, no Japão e nos EUA - contando com o apoio das cantoras Tracy Chapman, Celine Dion e Tina Turner. Mais do que um relato poderoso, escrito pelo incentivo de Dalai Lama, Minha voz pela liberdade é um testemunho de superação, amor e fé.