O livro, lançado em 1991, se passa em Manhattan na década de 80. A elite endinheirada tornou-se inatingível, cada vez mais rica. Enquanto isso, os pobres e loucos, milhares deles, invadem as ruas. O confronto parece inevitável, com todo o horror que ele possa acarretar. Patrick Bateman, yuppie obcecado por grifes e limpeza, jovem entediado que expressa sua verdadeira personalidade através de torturas e assassinatos, encarna um apocalipse ambulante que nem a sociedade que o gerou gostaria de abrigar. O que não o impede de permanecer impune. “O psicopata americano” é, de certa forma, uma história à antiga, com fundo moral. Para isso escolheu deliberadamente chocar. Em sua terceira incursão literária, Bret Easton Ellis explorou os abismos da loucura e captou a insana violência adormecida no ventre de qualquer época.