A poesia de Mauro Canônico emerge sem pedir licença para convenções, sem pedir desculpas por ser o que é, sem a necessidadede trilhar caminhos fáceis e vazios. Ela se impõe como a força de um grito, ou de um chute bem dado nas bolas, gritando e exorcizando demônios - os do autor e de quem mergulhar na leitura instigante deste labirinto de sensações. Maura Escritura mescla o rigor das palavras e da língua com a ousadia do novo; produz uma sonoridade urbana original, metafórica, real, imponderável. Ironiza a vida e a torna cúmplice e parceira dos crimes da alma, dos espaços preenchidos pela solidão. E como uma esfinge, o desafia a decifrá-lo.