Rainer era um aluno que perturbava seriamente seus companheiros de sala. Um dia, os porta-vozes da turma exigiram que ele fosse colocado na cadeira quente, uma espécie de último recurso antes de uma expulsão, no qual Rainer ouviria, de cada um deles, algo ruim que lhes havia feito. Assustado, o garoto me pediu para evitar aquilo. Subitamente, reconheci que, com aquele comportamento difícil, ele expressava o seu sentimento de não pertencer. Então, fiz uma comunicação a ele e a todos os outros alunos, em voz alta, olhando-o nos olhos, e pronunciando de modo bem determinado: Rainer, você é um de nós. Um por um, fileira por fileira, todos os 22 alunos repetiram essa frase. A sala mergulhou em absoluto silêncio. Rainer chorou e, calmamente, sentou-se em seu lugar, pela primeira vez. Esse é apenas um dos relatos emocionantes deste livro, em que Marianne Franke, embasada na filosofia sistêmica, atua de modo simples [...]