A especificidade do trabalho psicanalítico com a criança levou os psicoterapeutas, depois de Melanie Klein, a utilizarem o jogo e o desenho como manifestação do processo psicanalítico na e além da verbalização. Como é que a superfície oferecida permite o enquadramento das pré-formas figurativas e o seu futuro no processo analítico instaurado? Qual é o lugar do belo no dinamismo da cura? Quais são os ganhos e perdas psíquicos dos primeiros traços? Através destas interrogações e de muitas outras, os psicanalistas de crianças reunidos nesta obra abordam, apoiando-se na sua prática, as condições clínicas e teóricas da interpretação psicanalítica do desenho da criança.