Os vídeo-artistas já têm um guru: ele se chama Nam June Paik, um coreano atrevido que, ao pé da letra e sem nenhum jogo de expressão, virou a televisão pelo avesso, transformando-a em vídeo-arte. E é bastante significativo que, numa mídia suportada pela tecnologia maciça, atravessada por grandes fluxos de capital e, dominada por trustes internacionais, um habitante do Terceiro Mundo tenha ensinado ao Primeiro como tirar conseqüências da sua própria invenção.