Indivíduo, Sociedade e Língua é uma contribuição para a linguística histórica brasileira, propiciando uma demonstração metodológica de como lidar com o fator sociolingüístico sem desprezar o fator histórico. Em todo o momento, evolução linguística e uso são combinados para atingir as questões centrais da tese defendida pela autora: o indivíduo pode mudar sua gramática ao longo de sua vida? A língua pode ser alterada por grupos sociais restritos? Haveria classes de palavras mais propensas a carregar o estigma e o preconceito lingüístico? O livro permite reconhecer que muito do que somos em cada época e do que elegemos como prioridade determina o que é a língua. A interface entre sociolingüística e gramática é que se pode reconhecer na evolução das palavras como, feito, igual e tipo. Cada uma com sua história, cada uma com sua idade na trajetória da língua portuguesa, cada uma com seus meios sociais mais produtivos de uso.