O livro Quem manda na cidade: poder e rent-seeking urbano mostra os verdadeiros nomes por trás da especulação imobiliária, ou seja, aqueles agentes que mandam no planejamento das cidades. As regras atuais até podem ser mais amigáveis à participação, mas o modelo de tomada de decisão excludente que permeia nosso país encontrou um jeito de tornar a gestão democrática da cidade uma alegoria, um faz de conta ou qualquer outro adjetivo semelhante. Além de apresentar o conceito do rent-seeking urbano, a obra possui uma vasta bibliografia, alegando que existe, mesmo com várias leis garantindo a participação popular no processo, um realinhamento das instâncias participativas (com aval do judiciário) para atender aos interesses de poucos, gerando, assim, a grande desigualdade persistente no espaço urbano brasileiro. A hipótese é comprovada com entrevistas, mais de 450 reportagens de jornais, [...]