Este livro aponta a incompreensão da filosofia analítica no que diz respeito à pergunta sobre o uso destranscendentalizado da razão. Para desenvolver esta proposta, Habermas privilegiará a razão comunicativa como seu ponto de partida. Embora não seja feito nenhum conceito para a expressão “razão comunicativa”, pode-se observar um movimento de dessacralização da razão. Partindo de Kant, passando por Davidson e Richard Rorty, Heidegger, Wittgenstein e pelo pragmatismo formal e pela hermenêutica filosófica, Habermas sustenta a tese de que o termo “razão comunicativa” esteja relacionado às interações sociais nas quais a linguagem, orientada para o entendimento, ultrapassa seus limites enquanto mediadora de determinada ação.