Em O corpo humano, passado e presente, ilusionismo e psicanálise, romance e ensaio, literatura e jornalismo misturam-se num texto ágil, debochado e, às vezes, sombrio. Raul, carioca, 34 anos personagem central do livro é separado, tem uma filha de dois anos, ressente-se de seus desencontros amorosos e investiga a história de dois irmãos, um militar e o outro professor e poeta, tendo este último se suicidado em circunstâncias não esclarecidas. Além disso, é fascinado pela biografia do mágico Harry Houdini, morto em 1926, considerado uma lenda por seu inacreditável poder de prestidigitação. Que lições tiramos das histórias de amor que não dão certo?, indaga-se Raul. O autocontrole, a frieza, o pé atrás. A sabedoria de jogar e não se envolver. A arte de seduzir sem correr riscos. O aprendizado do que não somos, é a resposta de um personagem típico de uma geração, da qual o corpo, os modismos ditados pela mídia e a Coca-Cola são os alicerces de sua identidade.