A síntese imprevista é o resultado, sob a forma de 5 ensaios, de uma pesquisa realizada pelo autor, Lucio Agra, desde 2015, em torno à produção artística brasileira dos anos 60 e começos dos 70 e suas relações com algumas situações sociais concretas nesse período, com o consumo e a mídia da época. Continuando uma inquietação que já estava presente em seu livro anterior, Monstrutivismo (Perspectiva, 2010), o autor dá zoom na ideia de Haroldo de Campos expressa por sua frase que dá título ao livro: A síntese imprevista é a coincidentia opositorum, o encontro de contrários, a construção e desconstrução, o conflito barroco permanente. Dessa perspectiva, o autor buscou pontos ainda pouco iluminados da arte desse período, como o Movimento de Arregimentação Radical em Defesa da Arte (M.A.R.D.A.), criado pela dupla Décio Pignatari e Rogério Duprat, assim como o curto episódio experimental do Departamento de Música na então recém inaugurada Universidade de Brasília e as proximidades e (...)