1830. Os românticos sacudiam uma imensa cabeleira, raspada nas têmporas para conseguir uma testa maior. 1940. Um bando de zazous desafia a ocupação nazista, perambulando o dia inteiro nos Champs-Elyséés com casacos compridos, calças tubo estreitas e arregaçadas no tornozelo. 1960. Os hippies escandalizavam a sociedade com seus cabelos, roupas, colares 1980. Surgem os punks. Mais feios, mais sujos, mais pobres do que eles nunca se viu.As aparências não enganam. Indivíduos e grupos sempre exprimiram sua revolta contra as normas sociais através da roupa. Cada movimento de vestuário corresponde a um tipo de música, mentalidade e estética, sistemas inteiros de significação. Em “A moral da máscara”, Patrice Bollon acompanha estas manifestações que têm desafiado as normas de bom gosto vigentes. E nelas descobre uma insuspeitada relação com a história e a política.