O Professor Santiago Monteiro analisa, pela primeira vez, "as formas femininas da adivinhação romana" verificando a relação das deusas, das adivinhas profissionais e das mulheres com o mundo da adivinhação. Através dos textos antigos o autor aborda quais foram as preferências femininas dentro do amplo espectro de métodos adivinhatórios que Roma conheceu ao longo de sua história e sua relação político-ideológica com os poderes estabelecidos. O autor no decorrer de sua narrativa também procura acentuar as diferenças entre as práticas adivinhatórias da mulher romana e grega, pois entre as partes ocidental e oriental do mundo mediterrâneo "as formas de adivinhação e a condição social da mulher foram muito diferentes e inclusive, em alguns aspectos, antagônicas" Um livro de grande qualidade científica quer mais que relacionar a mulher romana às formas de adivinhação no seu corpo social, também apresenta-nos uma interessante evolução histórica do mundo romano, integrando a mulher romana no processo de conquista de toda a bacia mediterrânica.