Pelo escuro: nasce a cor da poesia faz uma reflexão sobre os discursos culturais afro-brasileiros e o lugar ocupado pela poesia em meio a uma sociedade racista. A obra propõe-se a reler a produção do autor Oliveira Silveira nos anos 1968, 1970, 1977, 1981, 1987. O livro lança um olhar sobre a relação da produção poética do autor com as propostas do movimento da Negritude e o diálogo lúcido que estabelece com poetas vinculados ao referido movimento e como Silveira sugere dentro da literatura a negritude como uma forma de intersecção na poesia brasileira. A obra aqui apresentada observa também o hibridismo na poética de Oliveira Silveira ao enfatizar o olhar sobre uma escrita comovida pelo traço do entre-lugar do discurso. Há a caracterização de uma literatura gerada pelo tom da denúncia ao desconstruir historicamente o que há muito tempo estabelece-se como democracia racial. Em cumplicidade com a poesia regional do Rio Grande do Sul, a poesia de Oliveira vem permeada pela [...]