“Não há um culpado apenas, talvez nem haja culpados, mas um sistema que precisa se atualizar e ser mais célere, sensível aos novos tempos. Mas a pergunta que nunca se cala: como enfrentar o crime organizado, compreender e desarticular suas estruturas sem fazer parte dele? A resposta talvez esteja na própria pergunta: fazendo parte dele. Então, chegamos de forma objetiva, novamente, na figura do agente infiltrado. Uma ferramenta que não é nova ganha destaque. Toda a inovação tecnológica advinda nos últimos anos não nos traz, com a mesma riqueza, um componente tão necessário na compreensão da engrenagem do poderoso e nebuloso mundo das organizações criminosas, a realidade das conexões e o alcance de suas estruturas num grau de detalhismo importantíssimo, como o faz a figura do agente infiltrado. Contudo, é este um recurso de investigação que requer precisão, preparação, especialização e planejamento.