Num aprazível dia de verão do ano de 1923, Clarissa Dalloway, representante da elite londrina, se prepara para a festa que dará à noite. Ela sai para comprar as flores para a ocasião e, enquanto caminha pela cidade, os mais variados pensamentos ocupam sua mente - muitos dos quais não seriam adequados para uma dama da alta sociedade. Clarissa pensa em Peter Walsh, velho amigo cuja proposta de casamento recusou décadas atrás; repassa suas escolhas de vida, seus momentos de mais intensa felicidade, seu casamento com Richard Dalloway; pensa na filha adolescente, Elizabeth, em miudezas da existência e no esplendor da vida.Iniciando com o ponto de vista de Clarissa, Mrs. Dalloway - publicado pela primeira vez em 1925 - inova a arte romanesca de forma a um só tempo delicada e radical ao alternar o foco narrativo de um personagem para outro e ao lançar mão do fluxo de consciência como maneira de acompanhar seus sentimentos, suas sensações e suas reflexões. Passado num só dia, o romance é rico em flashbacks e flashforwards, misturando, além disso, discurso direto e discurso indireto livre. Com Mrs. Dalloway, considerado por muitos sua obra mais importante, Virginia Woolf (1882-1941) comprovou que ações corriqueiras, cotidianas - como comprar flores -, podem ser tema de grande arte, e que a vida e a morte acompanham todos os momentos da existência humana.A vida cotidiana como tema de grande arte 'Mrs. Dalloway é uma das obras de arte mais emocionantes e revolucionárias do século XX.', Michael Cunningham, autor de As horas. Num aprazível dia de verão do ano de 1923, Clarissa Dalloway, representante da elitA vida cotidiana como tema de grande arte 'Mrs. Dalloway é uma das obras de arte mais emocionantes e revolucionárias do século XX.', Michael Cunningham, autor de As horas. Num aprazível dia de verão do ano de 1923, Clarissa Dalloway, representante da elit