O primeiro contato com a força do pensamento de Lenio é sempre um divisor de águas para quem se dedica a refletir sobre o modo como chegamos naquilo que se convencionou chamar de hermenêutica no campo jurídico. Não é algo que se faz com uma simples leitura, e sim com a dedicação de quem sabe onde quer chegar, a saber, não quer ser mais um na multidão do direito. Abre-se, com o potencial da Crítica Hermenêutica do Direito (CHD), novas perspectivas que precisam dialogar com os diversos ramos do Direito; talvez com campos heterodoxos. Os artigos são trabalhos acadêmicos cuidadosamente pesquisados que demonstram a pertinência da abordagem em diversos matizes. Eis o mérito do livro, que se mostra capaz de discutir hipóteses reais de intervenção judicial, desde um viés crítico. Parabéns aos autores.