O itinerário cuidadosamente traçado por Alexandre Ribeiro em seu romance de estreia narra a jornada de João Victor, um menino reservado, favelado e da cor do talvez. Com o pai aprendeu a desviar da violência através da imaginação, como um condutor de coletivo habilidoso escapa dos buracos do asfalto. Sabe quando a lata de sardinhas está com os bancos à mostra, as luzes apagadas, costurando as quebradas em alta velocidade? É quando o letreiro com uma única palavra deixa seu destino um mistério: “Reservado”.