Este livro, por meio de uma abordagem lúdica e prática, foi pensado como se fosse um manual. Ele é resumo de um trabalho desenvolvido de 2011 a 2020 em um hospital universitário. Lá, em meio aos leitos, aos corredores e às salas de espera, pessoas vestidas com uma camiseta amarela levavam arteterapia aos pacientes e a seus acompanhantes, aos médicos e enfermeiros, aos funcionários e a quem desejasse sair da rotina para olhar aquele momento com outros olhos. Naquelas camisetas, estava estampado o Quíron, centauro grego que simboliza o curador ferido, aquele que, mesmo com suas dores, ajuda o próximo a curar-se. Na conturbada realidade de pacientes com câncer ou doenças degenerativas, ou até para aqueles que estavam na ala de cuidados paliativos, surge uma esperança: poder revisitar as caixinhas da vida por meio das tintas, da música, das histórias, da colagem ou de quaisquer materiais que apareçam. Abrir nossas gavetas e poder olhar para elas com a leveza de uma criança [...]