Quem ainda não foi insultado, preterido ou menosprezado por algum aspecto aparente do seu corpo ou do seu comportamento? Apelidos como gordo, magro, careca, louco, depressivo, doente, criminoso, alcoólatra, cego, índio ou burro pretendem resumir toda a essência das pessoas, quando, na realidade, não refletem o seu ser ou o seu potencial. Da mesma forma, expressões como homem médio, trabalhador braçal, mendigo, prostituta ou marajá levam a crer que as pessoas assim rotuladas sempre agem da mesma maneira, o que em hipótese alguma é verdade. ESTIGMAS: um estudo sobre os preconceitos procurou descobrir um senso comum nas discriminações, partindo o seu estudo dos mais expressivos estigmas: da pobreza, da raça, da religião e da mulher, para então identificar um fator comum entre eles e descortiná-los. A pesquisa histórica para identificar as origens dos estigmas e a subseqüente análise contemporânea propiciam reflexões que podem contribuir para estudos de direito, sociologia, política, filosofia, psicologia, assistência social, polícia e praticamente todas as atividades que envolvem relacionamento humano. Trata-se, ao mesmo tempo, de um material útil para solucionar conflitos e começar efetivamente a resolver os problemas sociais e do cotidiano. Por isso mesmo, destina-se igualmente ao leitor que não aceita ser vinculado a nenhum tipo de rótulo ou não admite que o seu semelhante seja tratado como um estigmatizado, aquele que faz parte da vida social, mas não se deixa levar por um modelo de vida limitado.