Esta comovente história, dirigida a pais e filhos adolescentes, nada mais é do que um convite à reflexão sobre a atual prática vivida entre tais protagonistas. A complicada relação entre ambos, a falta de diálogo, de cumplicidade e, principalmente, a falta de tempo de um para com o outro são motivos que podem ter conseqüências lamentáveis. Como professor há mais de 15 anos, vejo-me apto a tratar desse assunto com segurança e com preocupação: são os meus alunos que sofrem com tamanha distância entre eles e seus pais. São meninas que não recebem informações sobre responsabilidade em relação à família e meninos jogados no mundo, obrigados a aprender na rua o que poderiam aprender em casa. Muitos chefes de família mergulham no trabalho pensando que isso é o melhor para o seu lar, porém o tempo passa e não sobra tempo para consertar os erros provocados por este mergulho. Esta história é leve e de linguagem simples, mas o assunto tratado é sério e por demais preocupante. Insisto: é preciso haver mais diálogo entre pais e filhos. É preciso criar tempo para a família. É indispensável a participação dos pais na vida dos filhos e dos filhos na vida dos pais. Um lar feliz traz sempre a presença viva de Deus.