Em 1971, Ron Williamson era o melhor jogador de beisebol de Oklahoma. Com personalidade forte e um talento inato para os esportes, Williamson estava em ascensão. Ao mesmo tempo que ganhava notoriedade por belas jogadas, ficava famoso por beber demais, usar drogas e envolver-se com muitas mulheres. O comportamento, junto com um braço lesionado, acabou lhe custando a carreira. Quando voltou para a cidade natal, Ada, em 1977, Williamson havia perdido tudo. Da vida glamourosa, restavam apenas as bebedeiras, que acentuavam o comportamento maníaco-depressivo do ex-jogador. Esse círculo vicioso foi interrompido em 1982, quando um assassinato ocorreu em Ada. A garçonete Debbie Carter foi encontrada morta. Três meses mais tarde, por razões que nem a própria polícia podia confirmar, Ron Williamson e seu amigo Dennis Fritz haviam se tornado os principais suspeitos do crime. A prisão ocorreu anos depois e um julgamento equivocado, com testemunhas que não tinham nada a dizer e delatores de dentro da própria cadeia, levou Williamson ao Corredor da Morte. Fritz foi condenado à prisão perpétua. Enquanto eram realizadas as investigações do caso Debbie Carter, Ada sofreu mais um grande trauma. Outra jovem, a estudante Denice Haraway, de 24 anos, havia desaparecido. A polícia mostrou-se ainda mais 'eficiente' nas investigações. Pouco mais de um ano após o desaparecimento de Denice, novamente com a ajuda de delatores e com a produção de dois depoimentos arrancados à força dos suspeitos, o tribunal de Ada mandava mais dois homens para o Corredor da Morte. Neste livro, Grisham narra com detalhes os episódios ocorridos ao longo de duas décadas. O autor relata as formas de investigação empregadas pelos policiais de Ada e o tratamento dispensado aos condenados à pena de morte no estado de Oklahoma. No prólogo, mostra o quanto o Estado perde com processos indevidos.