Já era noite no Recife, e a lua por testemunha. Também uma mãe aflita e sua criança ao lado, um senhor desatento esbarrando na moça à espera do coletivo. Todos voltando para casa. Da margem e das pontes, além do céu, uma razão. Ou desrazão? Seguir os anos, vassalo e entregue. As águas do rio guardarão a noite e, debaixo delas, um redemoinho, sem repouso, nem limite... Eu sorri de novo, era quase, agir ou padecer. Então, prometi a mim mesmo, sem saber se daria certo, mesmo que caia e chore, eu voltarei, eu voltarei depressa, tão logo a noite acabe, tão logo este tempo passe, para beijar você...