Para a maior parte dos judeus praticantes, a história do judaísmo vive, como sempre viveu, na forma clássica como é retratada agora, na vida e no aprendizado cotidianos, na Halachá e na Hagadá. Sem estipulações, justificativas ou desculpas, a história ainda é contada como um relato concreto do plano de Deus para a Criação e a resposta da humanidade a este plano. É também a história do anseio de Deus pelo amor de Israel e a resposta frágil, mas sempre esperançosa, de Israel. E é uma história normativa, pois grandes comunidades judaicas, em sinagogas e ieshivot, em casa ou nas ruas, contam sobre si mesmas os capítulos relevantes da clássica narrativa herdada. Em linhas gerais, a história do judaísmo permaneceu familiar, mas também evoluiu para novas ênfases e proporções. As histórias herdadas continuaram a conferir sentido e significado à vida coletiva de Israel. Mas nuanças e ajustes na forma de contá-las deram condições para um Israel diferente do tradicional. A principal mudança na história foi simples. Agora, os israelitas também constituíam, por exemplo, cidadãos da Alemanha, da França, da Inglaterra e dos Estados Unidos. E 'Israel' conseqüentemente representava uma entidade diversa daquela comunidade única, sagrada em tempo integral e praticante de uma religião que também constituía uma cultura e uma política, uma etnicidade e uma vocação, uma maneira de pensar e uma filosofia de vida compreensível.