Em 2006, o estado mexicano de Oaxaca vivencia uma experiência marcante de levante popular. Uma greve salarial de mais de 70 mil professores acende a faísca que inicia jornadas de luta pela derrubada do governador de Oaxaca, Ulises Ruiz Ortiz (URO), por todo o estado de Oaxaca, durante seis meses. Em meio ao surgimento do movimento de massas, nasce a Assembleia Popular dos Povos de Oaxaca (APPO), uma organização de ampla base social, que coordena os rebeldes de junho a novembro daquele ano. Mais de 10 anos após o episódio que ficou conhecido como Comuna de Oaxaca, pouco se sabe sobre seu enredo. Não pela sua importância e suas lições, mas pelas constantes muralhas do silêncio construídas pela mídia comercial.