Três porquinhos brasileiros, adaptação do clássico infantil feita pelo escritor Luiz Antonio Simas, com ilustrações de Bozó Bacamarte, se passa entre o sertão e a mata. Narrada em versos, nesta versão que segue a tradição da literatura de cordel, Cícero adora tocar viola e seu irmão Heitor é o mestre da folia. Já o engenheiro Prático não quer saber de nada que não seja trabalhar, trabalhar, trabalhar. Aqui, quem ameaça os porquinhos não é um lobo mau, mas a onça pintada. Se no clássico original, a moral da história tem o intuito de ensinar às crianças o valor do trabalho e da perseverança, no cordel de Simas, a lição é o poder da alegria, do afeto e da fé na festa. Assim como nas tradições populares, é no aspecto coletivo das celebrações que está a força transformadora e a cura para as adversidades. As ilustrações do artista pernambucano Bozó Bacamarte são inspiradas nas xilogravuras típicas da literatura de cordel e pela cultura do nordeste brasileiro.