tudo que escrevo me mata nasce conforme o eu lírico percebe o fim do amor e o fim de si. conforme a ligação com o outro se quebra e o caminho pra dentro dele é preenchido por todas as conversas que não aconteceram, todas as lágrimas que não escorreram e todas as pequenas discussões que se condensaram num muro intransponível dividindo dois seres que haviam se escolhido. conforme a relação morre e eu morria ao longo dos últimos cinco anos. um livro sobre o amor. você é a inspiração de tudo que eu escrevo. da sensação de esperança, de paz, de abrir a porta de casa depois de chegar de uma viagem incrível ou de um dia estressante no trabalho ou do cheiro de café de manhã. da sensação de chegar em casa depois de fugir de você. sobre como o amor é a âncora que te segura e que te afoga. você fez do amor o peso de uma avalanche inteira. sobre como o amor é uma piscina perfeita até você crescer e perceber que na verdade era uma piscina infantil. rasa. milimétrica. que vai transbordar se (...)