Criadas pelo então interventor do Estado de São Paulo - Fernando Costa - entre os anos de 1942 e 1945, as Escolas Práticas de Agricultura configuram episódio significativo embora pouco conhecido da ação do governo estado-novista em terras paulistas. O presente livro investiga os processos de idealização, concepção do projeto e implantação dessas escolas, procurando identificar, a partir de sua arquitetura, o entrecruzamento de projetos políticos diversos. Projetos esses que perpassam escalas que vão de sua inserção no projeto nacional difundido pelo Estado Novo e da continuidade de sentidos atribuídos a formas e linguagens plásticas; às negociações cotidianas pela afirmação do campo profissional ou às articulações políticas pessoais. Destacase nesse cenário a adoção da arquitetura neo-colonial como aspecto central do projeto das escolas, e o discurso ideológico que assumiu para tanto, onde os elementos constituintes de sua linguagem formal ganharam importância ao assumirem uma carga simbólica que se referenciava e propunha novas construções para o imaginário coletivo.