Biopolítica e formação: vida, potência e profanação na educação é um livro de Filosofia da Educação e procura situar-se na interface entre essas duas áreas de conhecimento. Ao questionar concepções e supostos de caráter abrangente, propõe pensar a educação como um conceito filosófico por excelência. Para tanto, põe em questão um dos pilares que sustentam o imaginário da educação e da política no Brasil: a ideia, vaga e difusa, de que o sistema escolar deve produzir cidadãos. Ainda faz sentido pensar que a grande política (palavra originada do grego pólis, cidade), a da representação e do espetáculo, pode gerar destino histórico para um povo? É na intenção de responder a essa questão que o conceito de biopolítica é oferecido como gabarito de inteligibilidade para a compreensão do fenômeno político no presente. Primeiramente, esse conceito é reconstruído a partir da leitura de Michel Foucault, Roberto Esposito, Michael Hardt e Antonio Negri. [...]