Só queremos justiça! Não queremos piedade nem misericórdia! dizia de forma incisiva a representante de uma sociedade de amigos de bairro, ao exigir providências para um problema local. Mas o que seria do mundo sem a misericórdia? O que aconteceria se todos se comportassem unicamente de acordo com as regras da mais estrita justiça? O próprio Autor deste folheto responde-nos: Na família, a mãe negar-se-ia a amamentar o filho depois de preenchidas as oito horas de «trabalho materno». No ônibus, a pessoa negar-se-ia a ceder o seu assento enquanto a velhinha não exibisse o seu «documento de terceira idade» perfeitamente em dia, e assim por diante. Se, entre as pessoas, a misericórdia é algo tão fundamental, como será no relacionamento com Deus? Diante dEle, não somos senão pobres pecadores, repletos de defeitos, mas, apesar disso, Ele nos olha com todo o carinho, especialmente nos momentos em que nos arrependemos das nossas misérias e Lhe pedimos perdão como o filho pródigo da parábola. Sabendo-nos filhos de Deus, não podemos esquecer-nos de que o nosso Pai é rico em misericórdia, e assim viveremos sempre com serenidade, com paz, com alegria.