Imagine a seguinte cena: uma mulher é presa em flagrante envolvida com o tráfico de drogas. Será que o fato de ser mulher pode aumentar ou diminuir a chance de ser processada, sentenciada e condenada como traficante de drogas? Será que o fato de um suspeito ser homem ou mulher, muda a forma como é visto e tratado por policiais, promotores, defensores e juízes? A hipótese desenvolvida durante a pesquisa de doutorado realizada Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFMG e orientada pela Professora Dra. Corinne Davis Rodrigues, que deu origem a este livro foi de que sim: a depender da fase processual e do sexo do suspeito, a pessoa que passa pelo Sistema de Justiça recebe um tratamento desigual. Ao longo do livro, realizou-se um percurso teórico para a construção das lentes necessárias para a compreensão das questões e de como a igualdade no tratamento de todos os indivíduos pelo Estado, impacta a qualidade da democracia. [...]